Segue abaixo indicação de um site de pesquisa:
Casa das Áfricas.
Geografia:
Área: 1.246.700 km². Hora local: +4h.
Clima: tropical (maior parte), árido tropical (O).
Capital: Luanda.
Cidades: Luanda (2.819.000) (aglomeração urbana) (2001), Huambo (203.000), Benguela (155.000), Lobito (150.000) (1983), Lubango (105.000) (1984).
População:
14,1 milhões (2004); nacionalidade: angolana; composição: grupos étnicos autóctones 99% (ovimbundos 37%, umbundus 25%, congos 13%, luimbés 5%, imbés nianecas 5%, outros 14%), europeus ibéricos 1% (1996). Idiomas: português (oficial), línguas regionais (principais: umbundu, quimbundo, quicongo, ovimbundo, congo). Religião: cristianismo 94,1% (católicos 62,1%, protestantes 15%, outros 16,9%), crenças tradicionais 5%, sem religião e ateísmo 0,9% (2000).
Economia:
Moeda: kuanza; cotação para US$ 1: US$ 83,86 (ago./2004).
PIB: US$ 11,2 bilhões (2002).
Força de trabalho: 6,1 milhões (2002).
Relações exteriores:
Organizações: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU, SADC, UA.
Embaixada: Tel. (61) 248-2915, fax (61) 248-1567 – Brasília (DF);
site na internet: http://www.angola.org.br.
Governo:
República presidencialista. Div. administrativa: 18 províncias. Presidente: José Eduardo dos Santos (MPLA) (desde 1979, eleito em 1992). Partidos: Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita).
Legislativo: unicameral – Assembléia Nacional, com 223 membros. Constituição: 1975.
Descrição
Ex-colônia portuguesa, Angola viveu em guerra por 40 anos, com mais de 1 milhão de mortes.
Primeiro foi a luta pela independência, desde 1961. Em 1975 começa a guerra civil, cujo fim só ocorre em 2002. A economia, baseada na exploração de petróleo – mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) – e diamantes, fica seriamente prejudicada. O país tem baixos indicadores sociais: os angolanos vivem em média 46 anos e mais da metade não é alfabetizada. Terra de origem da maioria dos escravos trazidos para o Brasil, Angola situa-se no sudoeste da África.
História
Dentre os grupos banto que ocupam a região no primeiro milênio da Era Cristã, destaca-se o reino do Congo, que recolhe tributos das províncias sob sua soberania, incluindo parte da atual Angola. Próspero, esse Estado assiste à chegada do navegador português Diogo Cão, que aporta em 1482 na foz do rio Congo. A colonização portuguesa funda cidades que servem de base para o comércio de escravos, como Luanda (1575) e Benguela (1617). As fronteiras oficiais de Angola são estabelecidas em 1891, seguindo o estabelecido na Conferência de Berlim (1884-1885), que partilha a África entre as potências européias.
Independência – Em 1961 começa a luta armada pela independência. Três grupos expressam diferenças ideológicas: o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), marxista e apoiado pela União Soviética; a Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA), sustentada pelos Estados Unidos (EUA); e a União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita), inicialmente maoísta e depois anticomunista, apoiada pelo regime sul-africano do apartheid.
Com a queda do regime salazarista em Portugal (1974) e a decisão de tornar Angola independente, as rivalidades entre esses movimentos se agravam. O Acordo de Alvor, firmado em janeiro de 1975 entre Portugal e os três grupos, prevê um governo de transição. O acordo fracassa, e a guerra civil começa quando Agostinho Neto, líder do MPLA, é proclamado unilateralmente presidente da República Popular de Angola, de regime socialista.
Eleições e impasse – A FNLA dissolve-se no fim dos anos 1970, mas a Unita mantém sua guerrilha com o apoio da África do Sul e dos EUA. Tropas cubanas ajudam a sustentar o governo. Em 1988, um acordo entre Angola, Cuba e África do Sul define a retirada das tropas cubanas e sul-africanas. Em seguida, o governo e a Unita assinam acordo de paz e convocam eleições para 1992. Observadores internacionais atestam a vitória do candidato do MPLA à Presidência, José Eduardo dos Santos, com 49,57% dos votos. Jonas Savimbi, líder da Unita, com 40%, não aceita a derrota e recomeça a guerra.
Acordo de Lusaka – Em 1994, o MPLA e a Unita assinam acordo de paz em Lusaka, na Zâmbia. Como resultado, um governo de união nacional assume em 1997, mas Savimbi, que seria o vice-presidente, recusa-se a entregar o controle de áreas de exploração de diamante.
Os conflitos prosseguem.
Fatos recentes
As tropas do governo avançam sobre os territórios inimigos em 2001. Com a guerrilha encurralada, Jonas Savimbi morre em combate, em 2002. A guerrilha volta às negociações.
Ao final, os acordos de Lusaka são revalidados e chega-se a um cessar-fogo total em abril. Até agosto, cerca de 50 mil homens da Unita são desmobilizados e 5 mil são incorporados ao Exército e à polícia, o que marca o fim da guerra civil.
Fernando Piedade dos Santos assume como primeiro-ministro em 2003. A Unita, agora partido político legal de oposição, elege Isaias Samakuva novo líder. Em abril de 2004, o governo anuncia a prisão de mais de 3 mil mineiros na área dos diamantes, que estava sob controle da Unita, e a expulsão de 11 mil para os países vizinhos. José Eduardo dos Santos anuncia que haverá eleições presidenciais até 2006.
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